O primeiro capítulo do livro chama-se " A psicanálise" e nele Jung faz um histórico do seu surgimento ao mesmo tempo que dá nomes aos seus principais colaboradores.
Uma das primeiras frases do capítulo, é de Anatole France,
(leia mais sobre ele aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatole_France) que me fez pensar em muitas coisas, dentre elas, o porque da academia ser tão resistente aos estudos e ao próprio Carl Jung:
"Les savants ne sont pa curieux" (Os cientistas não são curiosos). Jung utiliza-se desta frase para se referir ao fato de que os cientistas da época, os psicólogos e médicos, foram muito resistentes a idéia da psicanálise, simplesmente porque oferecia uma forma completamente inovadora de pensar os problemas psíquicos.
Jung começa o seu histórico, lembrando que foi o médico e cientista francês, Jean- Martin- Charcot (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Martin_Charcot ) quem observou que o sintoma neurótico é psicógeno, ou seja proveniente da alma e que qualquer sintoma histérico poderia ser provocado pela sugestão. Isto foi um avanço para a época já que os médicos daquele tempo ainda procuravam causas físicas para os problemas psicológicos. Vale lembrar que a idéia de uma pessoa "nervosa" viria desta crença de que o problema estaria nos nervos. Seguindo seu balanço do começo psicanalítico, Jung traz as principais contribuições de Breuer para a técnica.
Jean Martin Charcot
Josef Breuer, médico e fisiologista austríaco (http://pt.wikipedia.org/wiki/Josef_Breuer), acrescenta, segundo Jung aos estudos psicológicos, a importante informação de que "Só a parte consciente do doente não vê ou não ouve, mas de resto, a função do órgão do sentido está em perfeita ordem." (p.3) Ou seja, uma das características da histeria, neurose causada pela instabilidade emocional, era a ausência de causas orgânicas.
Breuer percebeu, ao tratar uma paciente, a qual deu o nome de Anna O., (http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/o-caso-de-anna-o.html) que o estado da paciente melhorava quando a deixava falar de suas fantasias. A este método recém- descoberto, a paciente cujo nome verdadeiro era Bertha Pappenhein, chamou "Talking Cure" , a cura pela fala, uma espécie de limpeza de chaminé, "Chimmey Sweeping".
Josef Breuer Bertha Pappenheim, verdadeiro nome de Anna O.
Uma boa dica de livro que mostra este processo da descoberta da "Talking Cure", chama-se "Quando Nietzche chorou". Abaixo a capa do livro e do filme que foi feito baseado nele.
Livro Filme
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