quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Capulo I: A psicanálise.

O primeiro capítulo do livro chama-se " A psicanálise" e nele Jung faz um histórico do seu surgimento ao mesmo tempo que dá nomes aos seus principais colaboradores.

Uma das primeiras frases do capítulo, é de Anatole France,
(leia mais sobre ele aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatole_France)  que me fez pensar em muitas coisas, dentre elas, o porque da academia ser tão resistente aos estudos e ao próprio Carl Jung:

"Les savants ne sont pa curieux" (Os cientistas não são curiosos). Jung utiliza-se desta frase para se referir ao fato de que os cientistas da época, os psicólogos e médicos, foram muito resistentes a idéia da psicanálise, simplesmente porque oferecia uma forma completamente inovadora de pensar os problemas psíquicos.

Jung começa o seu histórico, lembrando que foi o médico e cientista francês, Jean- Martin- Charcot (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Martin_Charcot ) quem observou que o sintoma neurótico é psicógeno, ou seja proveniente da alma e que qualquer sintoma histérico poderia ser provocado pela sugestão. Isto foi um avanço para a época já que os médicos daquele tempo ainda procuravam causas físicas para os problemas psicológicos. Vale lembrar que a idéia de uma pessoa "nervosa" viria desta crença de que o problema estaria nos nervos. Seguindo seu balanço do começo psicanalítico, Jung traz as principais contribuições de Breuer para a técnica.

Ficheiro:Jean-Martin Charcot.jpg
Jean Martin Charcot

Josef Breuer, médico e fisiologista austríaco (http://pt.wikipedia.org/wiki/Josef_Breuer), acrescenta, segundo Jung aos estudos psicológicos, a importante informação de que "Só a parte consciente do doente não vê ou não ouve, mas de resto, a função do órgão do sentido está em perfeita ordem." (p.3)  Ou seja, uma das características da histeria, neurose causada pela instabilidade emocional, era a ausência de causas orgânicas.
Breuer percebeu, ao tratar uma paciente, a qual deu o nome de Anna O., (http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/o-caso-de-anna-o.html) que o estado da paciente melhorava quando a deixava falar de suas fantasias. A este método recém- descoberto, a paciente cujo nome verdadeiro era Bertha Pappenhein,  chamou "Talking Cure" , a cura pela fala, uma espécie de limpeza de chaminé, "Chimmey Sweeping".

Ficheiro:Breuer 1877.jpg File:Pappenheim 1882.jpg
Josef Breuer             Bertha Pappenheim, verdadeiro nome de Anna O.

Uma boa dica de livro que mostra este processo da descoberta da "Talking Cure", chama-se "Quando Nietzche chorou". Abaixo a capa do livro e do filme que foi feito baseado nele.

 

Livro                                Filme




Nenhum comentário:

Postar um comentário