quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pensando sobre o trauma...

 


Nesta passagem do livro, Jung analisa as primeiras tentativas de compreensão do trauma psíquico e das suas origens. Diz ele:

" A intensidade de um trauma, em si, tem pouca determinação patogênica mas este deve ter para o paciente um significado particular." (p.6)  A doença então, aconteceria devido a uma disposição psíquica para atribuir inconscientemente um significado específico a uma situação de trauma. A partir do momento em que a pessoa é tomada por esta intensidade emocional, perde por completo o poder de raciocinar e passa a tomar atitudes que respondam a tal situação psíquica.
O trauma seria então de que a doença, e o trauma, sua causa seria uma manifestação de algum conflito presente no inconsciente.

 "Essa suspeita foi inteiramente confirmada e leva a conclusão de que o trauma, motivo aparente da doença, nada mais é do que a oportunidade que algo que está fora do domínio da consciência- isto é, um importante conflito erótico - tem que se manifestar." p.10
Tal conflito demonstra, segundo ele, que "o amor , apesar de todas as asserções indignadas em contrário, com todos os seus problemas e conflitos, tem um significado fundamental na vida humana." p.10

Jung também alerta nesta parte do livro, para a tendência do inconsciente de programar e até mesmo criar fatos com o objetivo de de manifestar algo que estivesse inconsciente visando um determinado fim que seria desconhecido do paciente.

" Parecia que tudo lhe acontecera por acaso, sem que tivesse consciência de qualquer um dos motivos. Mas todos os antecedentes deixam  bem claro que tudo estava inconscientemente programado para este fim." p.9
 Quanto a esta passagem, lembrei-me de uma amiga que me disse uma vez que, algumas vezes construímos o circo para fazermos o papel de palhaço em nossas vidas.
Penso que isto acontece também, quando inconscientemente sabemos que devemos tomar alguma atitude e não o fazemos... o que acontece em seguida, é um arranjo "involuntário" dos fatos que acabam por nos levar necessariamente a um determinado fim.




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